sexta-feira, 29 de março de 2013

A Maturação do Inconsciente

Ultimamente eu tenho falado a respeito daquela que seria a experiência de contato com o SAG (Sagrado Anjo Guardião) ou HGA (que é o termo em inglês) ou KIA (usando a terminologia do Austin Osman Spare na Magia do Caos), sempre com a ressalva de que estes termos são apenas rótulos. Eu procurei definir esta experiência tanto de uma forma impessoal (O Maior Círculo em que Alguém Pode se Iniciar) como também passando um relato pessoal (Falando de Minha Própria Iniciação na Magia), sendo que estes dois posts pretendem descrever até o momento em que se tem a comunhão com o SAG. Anteriormente eu vim escrevendo sobre como explorar o subconsciente, com alguns princípios para se criar uma verdadeira rede de ressonâncias interiores. A questão é: o que acontece com esta rede que foi desenvolvida? O que vem depois?

Como eu coloquei no meu relato pessoal, o que se passou foi algo muito intenso e foi de fato uma congruência tanto minha quanto de toda a rede de ressonância que eu estava criando. Quando essa congruência aconteceu, foi como se aquela percepção daquele Círculo maior se espalhasse por toda essa rede interna, deixando uma imagem deste Círculo dentro de mim. Da mesma forma, uma imagem minha se formou também, mais nitidamente, só que na consciência que forma o Círculo (ou seja, no Cìrculo em si). Daí o fato de que, apesar daquele estado de consciência que durou alguns minutos ter passado, ainda assim meu caminho na magia foi totalmente reorientado por aquela experiência. Eu só consigo entender isso como uma mudança de dois lados, de forma que eles se aproximem cada vez mais, por ambos terem sido mudados.

Essa não é, de forma alguma uma vivência única, de poucas pessoas. Muitos a tiveram e muitos a continuam tendo. De fato, quando se fala em magia, em tornar-se um mago, ela é primordial. É o primeiro passo: a iniciação. Por mais especial que ela possa parecer (e é), ela é só o princípío e as pessoas não deveriam estranhá-la ou mistificá-la. Mas, ainda assim, o princípio é importante porque sem ele o restante não se segue e, falando nisso, o que vem logo em seguida é a maturação do relacionamento com a rede de ressonância que se veio criando, e é sobre isso que eu pretendo começar a escrever a partir de agora. Eu vou deixar o contato com o SAG de lado por um tempo, mencionando talvez apenas eventualmente, quando for apropriado. Afinal não há porquê ficar prolongando demais a narração de um momento específico. A partir de agora, eu vou me concentrar por um bom tempo na relação com a rede de ressonância que havia sido criada antes deste contato, enfocando como esta relação muda.

Depois da intensidade da congruência, que pode ser comparada a uma “descarga de energia” interior, a rede de ressonância se acalma, e os próprios propósitos individuais do mago se acalmam também. Isso porque, depois do impacto, deve vir uma maturação e uma reestruturação. Isso leva vários anos e é comparativamente bem mais agradável do que o estágio inicial de busca da congruência interna (embora tenha seus nuances, às vezes mais prazerosos e às vezes menos). Já de início, os conflitos que se sentia até então são aliviados, em parte porque a rede de ressonância interna do mago já produz alguns futos concretos (embora de uma forma um tanto que autônoma), mas também porque, em outra instância, no Círculo em que o mago se iniciou, também ficou mais nítida a marca do mago em si, e este Círculo toca toda a realidade. Assim na Terra como no Céu. Ou, o que está acima é como o que está abaixo.

sábado, 23 de março de 2013

Falando de Minha Própria Iniciação na Magia

Eu não sei até que ponto uma experiência pessoal pode servir como parâmetro para outra pessoa no que diz respeito ao momento de comunhão com o SAG (Sagrado Anjo Guardião), ou HGA (Holy Guardian Angel) ou KIA (na terminologia de Austin Osman Spare, quando introduziu a Magia do Caos). De qualquer forma, eu pretendo expor hoje minha própria experiência.


Meu primeiro motivo para fazê-lo agora é porque eu acredito que é o que vem melhor na sequencia após o post anterior (O Maior Círculo em que Alguém Pode se iniciar). Não que esta experiência seja uma meta final em si. Na realidade ela é justamente o oposto de uma meta final, pois trata-se da criação de um fundamento para tudo o mais, e tê-la é apenas a primeira realização concreta. No meu caso foi minha primeira operação mágica depois de aproximadamente três anos buscando que acontecesse. A data exata foi em 09/01/2001. E o segundo motivo é que futuramente eu prentendo me referir a este post para colocá-lo dentro de um outro contexto. A verdade é que eu só pude compreender o que havia vivido com o passar dos anos. Assim, eu pretendo introduzir este e outros temas de maneira gradual.


A maior dificuldade que eu sentia até aquela data era congruir a minha realização pessoal com a realização do universo ao meu redor. Não conseguia me convencer de que ambas eram compatíveis. Oscilava entre duas polaridades: egoísmo e altruísmo. Pior ainda, quando eu refletia sobre uma definição mais abrangente do que são os seres que existem (que são o divino se expressando, pois tudo é expressão divina), e considerava o mero fóton de luz, passando pelas partículas que formam o átomo, passando pelas moléculas, passando pelas células, passando por seres multicelulares. Seres, formados por seres, que devem igualmente se realizar, pois nenhum é maior que o outro. E a complexidade aumentava quando eu pensava nas complicações que as pessoas causam umas às outras. No meio de tudo isso, quando eu me focalizava em meus próprios objetivos, na minha própria realização que eu queria causar, eu me sentia como que buscando oprimir a realização de tudo o mais, sentia-me indígno. Sentia-me egoísta e tentava transcender este sentimento. Tentava encontrar algo que me congruiria e me harmonizaria, já cansado após anos de busca, mas não desistindo. Foi então que eu entendi que a resposta era pura e simplesmente a realização de tudo (eu, você, e tudo o mais, afinal somos parte de tudo), por mais que isso parecesse contraditório à minha compreensão: a realização até mesmo do que se opõe à própria divindade (os ateístas que tentam negá-la, por exemplo, ou então pessoas com conceitos contrários à essência da divindade). Ou seja, um profundo respeito a tudo. A aceitação de tudo. Essa era então a essência divina, da forma que eu percebia e, mesmo não sabendo como poderia ser possível que fosse real, eu a aceitei, sem compreendê-la, muito angustiado, e caí no sono.


Eu sonhei que um demônio me levava fraco, rendido, sobre suas costas. E eu simplesmente disse “Que eu me realize plenamente”. Só que este “eu” simbolizava muito mais do que um indivíduo à parte de tudo. O “eu” já não estava mais dissociado de tudo o mais. Essa era a essência que eu tinha aceitado. No sonho eu me explodi em pura luz enquanto estava deitado, rendido nas costas do demônio. E então, de repente, estava de pé, no meio do vazio, com tudo pronto para começar a construir. Nos dias que se seguiram, eu não sustentei aquela consciência que eu havia obtido naqueles minutos, mas bastou tê-la atingido para que eu alcançasse aquilo que vinha buscando. Quando eu acordei, eu sabia que tinha ocorrido.


Foi meu encontro com o SAG, ou HGA, ou KIA, conforme se queira dizer. Dá para perceber que não tem nada a ver com o que as pessoas pensam quando imaginam algo como um Sagrado Anjo Guardião. Cada um percebe de uma forma. E sempre tem alguma coisa muito pessoal e íntima, que não dá para colocar em um relato como este. Eu já ouvi o relato de uma pessoa que atingiu esta congruência de uma forma diferente. Por isso, esta experiência talvez valha como um exemplo, mas não como um modelo. A verdade é que, mesmo a essência, que eu percebi, da divindade é um ponto de vista pessoal, resultado de toda aquela congruência que eu vinha realizando em alguns anos e, certamente, ela é percebida de forma diferente por pessoas diferentes.

sábado, 16 de março de 2013

O Maior Círculo em que Alguém Pode se Iniciar

No post Preparando-se para Iniciar-se como um Mago, eu coloquei algumas considerações a respeito da iniciação, a qual significa passar a comungar com uma egrégora, tornando-se parte de um círculo, entendendo por círculo algo que une e protege o que está dentro de si, de uma forma distinta daquilo que está fora do mesmo, existindo uma infinidade de egrégoras (formas-pensamento, ou redes de ressonâncias criadas por uma coletividade de seres). Hoje em dia, o termo Mago tem múltiplas conotações, de forma que há os que se consideram magos brancos ou magos negros, e outros um tanto indiferentes a estas classificações, principalmente no que diz respeito a muitos magos do caos. No entanto, existe uma acepção mais nobre desta palavra e simplesmente fazer parte de uma egrégora não qualifica alguém neste sentido.

Na verdade há um Círculo maior, cuja natureza eu já comecei a discutir no post Quando Tudo é Divino: um Universo sem Criador e sem Criatura, onde coloquei o postulado de que a divindade está em tudo, e assim de fato tudo é a divindade, de forma que não existe nada que não a seja. A totalidade do que existe pode ser comparada a um organismo e, neste organismo, cada parte tem funções distintas. Se pensarmos neste como o ser humano, o Círculo seria o centro da consciência, o cérebro por assim dizer. A iniciação em relação a este Círculo, esta sim, é o que caracteriza um verdadeiro mago. Não que esta iniciação seja exclusiva, mas ela deve ser a base para as demais. Quando esta fundamenta o desenvolvimento na magia, tudo o mais que se segue é essencialmente branco.

A essência do Círculo é incognoscível se tentarmos dissecá-la em partes lógicas menores, tentando assim detalhar toda sua estrutura. O motivo é que não se trata de uma construção estagnada, sendo na realidade um objetivo constante, um ideal, sempre aliado à criatividade e inteligência em movimento. O fato é que todos os pontos do universo são perceptivos ao universo inteiro, com cada ponto sentindo este universo, mesmo que inconscientemente. Assim, todo o universo encontra-se representado em todas as partes que o formam. O que está acima é como o que está abaixo. Ou, tal como na oração cristã, assim na Terra como no Céu. Dentro de cada parte, representa-se a totalidade (a essência de cada parte é, dessa forma, a totalidade). Ou seja, a essência de tudo o que há é tudo o que há. Esta mesma essência, quando criou sinergias em si mesma, criou o Círculo. A consciência brotou da inconsciência (que era consciência potencial).

Hà um conceito de vida que vai além dos processos biológicos. Tudo é energia e consciência em potencial. Quando esta energia se organiza, a consciência se organiza. A partícula que faz um átomo é um ser em si, da mesma forma que o átomo é um ser em si, mesmo sendo uma pluralidade de partículas. O mesmo vale para as moléculas e para as células e para os seres multicelulares. Somos todos comunicantes e integrados. A dor de um reflete-se no todo. A satisfação de um reflete-se no todo. Daí que um dos fundamentos do Círculo, é a realização de todos os seres, em qualquer nível de abstração. Isso é impossível de explicar, mas não é impossível como objetivo. Quando existe um objetivo, você pode até falhar, mas vai continuar tentando. Assim, a essência do Círculo não é um mecanismo intrincado, e sim uma direção comum. Quanto mais sinergia surge nesse sentido, mais forte este se torna, e mais perfeitos são seus resultados. Essa essência visa afirmar a tudo e nada consegue negá-la. Nesta essência não há a separação entre os seres: não existe mal, nem bem. Existe apenas a unidade. O Círculo está acima das tradições, acima de todas as religiões, e de todas as separações. Tudo emana dele e não há nada que não emane do mesmo.

Todos os posts que escrevi até agora dizem respeito a congruir quem se é, descobrindo o próprio significado e encontrando, assim, o Círculo em si mesmo. É intrigante como encontramos estes conceitos dentro de nós quando os procuramos com todo nosso esforço e imaginação. É mais intrigante quando percebemos que não estamos sós nestas conclusões (pois outros chegam e já chegaram às mesmas) e verificamos assim que o universo realmente é comunicante e partilha de uma consciência comum. Quando esta congruência de si mesmo acontece em toda sua intensidade é o verdadeiro momento de iniciação em relação ao Círculo. Eu suspeito que não exista como prever o exato momento em que isso acontece. Esta iniciação é uma experiência de contato com o que se passou a chamar, em português, o SAG (Sagrado Anjo Guardião), ou HGA (Holy Guardian Angel, em inglês). Se bem que estes termos são apenas interpretações desta experiência, ligadas a crenças específicas. A experiência real, frequentemente, nada tem a ver com as noções de anjos que nos foram incutidas. Os posts que vou escrever a partir de agora vão se focalizar no que vem após esse momento da iniciação com o Círculo embora, é claro, muitos ainda terão um teor reflexivo que pode ser utilizado na congruência inicial.

sábado, 9 de março de 2013

Preparando-se para Iniciar-se Como Mago

No ocultismo, há aqueles que atingem seus objetivos, mesmo a duras penas, porém há outros que jamais o conseguem, culminando com o reconhecimento pleno e dolorido de suas ilusões. O que diferencia a experiência bem sucedida da experiência do fracasso? A resposta está ligada à iniciação, sendo que esta é o ato mais importante para qualquer avanço no que diz respeito à magia. Ocorre que não se trata de um fenômeno que depende só do iniciado pois diz respeito ao ingresso do neófito dentro de uma egrégora, a qual pode ser definida como uma grande rede de ressonância criada por muitos outros anteriores àquele que pretende se iniciar. Assim, a iniciação é a aproximação de uma coletividade de seres, sendo um visível (o neófito) e uma pluralidade invisível. É essa pluralidade que pavimenta o caminho de quem segue junto com ela, e o sucesso ou o fracasso são simplesmente a diferença entre caminhar-se sozinho ou em companhia, mesmo que não se possa ver esta companhia com os olhos físicos.

A iniciação é o encontro de algo antigo (a egrégora) com algo novo (aquele que é iniciado). É uma aproximação que ocorre de duas direções, como que os dois lados de um espelho, com duas imagens cada vez mais próximas, até que se fundam em um único ser. Nas mais diversas tradições este encontro é preparado, de forma que o neófito se torna cada vez mais congruente com a egregóra na qual vai adentrar. O momento definitivo é a fusão entre ambos. As demais pessoas envolvidas, e os rituais que realizam, ajudam a catalizar este momento, porém apenas o facilitam. A essência do momento em si é pessoal, representando algo diferente para cada um, mesmo que não possa ser compreendida de forma plena a princípio.

Mas o que é que acontece quando há a auto-iniciação? Ela é possível? Sim, mas nesse caso a egrégora também aproxima-se gradualmente daquele que pretende iniciar-se, mesmo sem a participação de outras pessoas. É claro que, nessa circunstância, a iniciação pode ser mais difícil por não existir uma preparação devidamente orientada. Mas uma vez consumada, ela é autêntica, seja através de uma tradição ou não. É assim que surgem os primeiros iniciados das tradições, embora isso não queira dizer que todos os auto-iniciados irão criar suas próprias tradições. Nada disso... Mas fica visível aqui o papel da egrégora também. Antes mesmo de alguém decidir-se por ser iniciado, o indivíduo é aceito pela egrégora. Sem essa aceitação, todo seu esforço é em vão. O que “condiciona” esta aceitação é o mérito que cada um consegue atribuir a si próprio. Para assumir um papel, você precisa ser aquele que deve assumi-lo. Ressalta-se que não se pode fingir este mérito. É algo que se é ou não é. Assim, conhecer-se, aceitar-se, e buscar ser pleno, é a forma de desenvolver-se neste sentido. Na bruxaria, esse é o propósito do período mínimo de preparação de um ano e um dia antes da iniciação.

A iniciação o coloca dentro de um círculo, com finalidades únicas, no qual é possível fazer parte do mesmo e que está também, em grande medida, isolado daqueles que não obtiveram o mérito de integrá-lo. É importante ressaltar que estar em um círculo é o primeiro passo para desenvolver-se no mesmo e que este é um processo gradual. Na realidade, de tempos em tempos ocorrem outras iniciações em círculos menores dentro do círculo maior. A natureza destes passa a fazer parte da natureza da magia do iniciado, que já pode ser considerado um mago no começo de seu caminho.

Desenvolver-se em um círculo é trazer seus atributos à própria vida e isso é o que determina largamente a diferença entre vencer e falhar nos mais diversos objetivos. Mesmo sem consciência destes conceitos, há pessoas que se destacam em objetivos diversos, enquanto outros, mesmo com atitudes semelhantes, não são bem sucedidos. O motivo é a qualidade das relações com o invisível que cada um possui.

sábado, 2 de março de 2013

Quando a Evolução Leva à Desarmonia

Uma crença comum é que, uma vez que se esteja em um caminho evolutivo na magia, as relações com as pessoas em geral tendam a se harmonizar, com uma consequente redução de conflitos. No entanto, a busca pelo transcendente sempre é, em larga medida, solitária, uma vez que a grande maioria das pessoas permanece de forma estacionária, presa em questões cotidianas do mundo que percebe como concreto. Assim, desenvolver-se significa opor-se eventualmente.

Este é um dos motivos de não ser simples para um observador externo, mesmo sendo experiente na magia, avaliar corretamente a “eficiência” de outra pessoa (ou a correção de seus princípios) através de resultados ruins que sejam verificados. Os resultados ruins podem variar desde a falta de resultados (o que é comum em períodos em que o foco é a preparação interna) até resultados claramente contrários. Pode ser o caso de se estar iludido quanto às bases do que se está construindo, mas há também outra possibilidade. Ocorre que a melhor forma da magia se realizar é pelo caminho mais simples, de menor resistência, e esse caminho sempre passa pela transformação da consciência individual. Afinal não faz sentido ter atitudes e pensamentos contrários ao que se pretende realizar, sendo sempre necessário harmonizar a própria consciência.

É preciso que se perca ilusões sobre a aparente harmonia que existe com outras pessoas, uma vez que esta harmonia não se origina de naturezas que se complementam, e sim de naturezas que não se expressam. Então essa expressão deve ocorrer, surgindo conflitos, até que seja possível existir o discernimento entre as ressonâncias e as dissonâncias, e a consciência assim se amplie. É comum, então, perceber-se “isolado na multidão”. Este isolamento é uma sensação que periodicamente volta a ocorrer, e o aprendizado do propósito deste ciclo não é algo meramente teórico, envolvendo diversas experiências pessoais que frequentemente levam muito tempo e são difíceis, até que se adquira compreensão, e dessa forma, não se sinta tanto sofrimento com as dissonâncias que eventualmente ocorram, e sim se perceba que trata-se de uma dinâmica natural cujo fim é sempre levar ao aprendizado.

Enquanto o aprendizado não vem, sempre há uma possibilidade maior de erros. Um dos erros mais frequentes é a insistência em padrões antigos de decisão e de ação que aguçam ainda mais os conflitos, tornando-os mais danosos e, possivelmente, até mesmo irreversíveis. Se de fato o mago está criando uma sólida rede de ressonância, esta irá apoiá-lo e ajudá-lo a amenizar o impacto de suas falhas. Daí que, embora não seja possível avaliar com segurança alguém por seus erros de julgamento, é possível ter uma demonstração positiva da solidez do que foi construído pelo mago (em termos de ressonâncias internas) através da forma que supera os obstáculos, tornando-se melhor, e menos suscetível aos mesmos erros, à medida que o faz.