quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Uma Pausa

Amigos,

Tem sido um prazer manter este contato com vocês através do blog Um Mestre Que Nada Sabe. De fato, graças a ele, eu conheci algumas pessoas interessantes com as quais eu percebi ressonâncias. Ressonâncias que nem mesmo suspeitávamos que tivéssemos.

No entanto, atualmente a vida está apresentando situações muito concretas e que me desafiam, exigindo que eu me dedique a elas (a opção seria deixá-las de lado, mas não pretendo fazer isso). São situações de longo prazo, não apenas corriqueiras. Então preciso dizer que necessitarei suspender minhas atividades no blog e não posso afirmar quando poderei retornar.

Ainda assim, vocês sempre podem encontrar-me através da comunidade Repensando a Magia e o Ocultismo, a qual possui um conteúdo mais light e visual, em um estilo menos rígido, não exigindo minha dedicação exclusiva. Ou então podem entrar em contato pessoalmente pelo e-mail: pmeneghjr@gmail.com.

Aqueles que recebem este conteúdo via lista de e-mails, garanto que sempre estarei de olho nas listas e vocês sempre poderão entrar em contato comigo pelas mesmas.

Aqueles que recebem este conteúdo por e-mails simples, vocês sempre podem entrar em contato comigo da mesma forma que tenho feito com vocês.

Quero aproveitar esta pausa para conhecer todos vocês.

Um abraço,

O Mestre Que Nada Sabe

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Buscando Objetivos e Superando Obstáculos - Introduzindo o Número 4

Após finalizar a descrição do número 3 (no post Transições - Concluindo a Interpretação do Número 3) dentro de um sistema numerológico de 18 símbolos, pretendo agora introduzir o número 4. Como demonstrei anteriormente (em Algumas Bases Numerológicas), tal como na astrologia, os números podem ser qualificados como cardinais (cujas influências objetivam criar resultados idealizados que ainda não se manifestaram), fixos (que têm como objetivo sustentar, manter e fortalecer algo que já se estabeleceu) e mutáveis (que objetivam quebrar um padrão já consolidado, desestagnando estruturas sólidas e criando uma certa dose de caos necessária para que uma mudança seja possível).

O número 1 é cardinal (veja o post Compreendendo o número 1 no sistema de numerologia de 18 símbolos), seguido pelo número 2 o qual é fixo (descrito no post O Número 2 e sua Relação com Meus Primeiros Contatos com a Bruxaria), e então pelo número 3 que é mutável (abordado em A Deterioração e sua Relação com o Número 3). Como trata-se de um ciclo, deduz-se que a natureza do número 4 também é cardinal.

Assim, sob um ponto de vista sequencial, após concluída a deterioração de padrões antigos (caracterizada pelo número 3) segue-se o estímulo do número 4, favorecendo o esforço de se assumir novos propósitos, ao mesmo tempo que firma o intento da superação de obstáculos que eventualmente surjam em oposição a estes. Ressalta-se que, embora a essência do número 4 não trate de qualquer tipo de garantia de sucesso em relação ao propósito que se almeja, ainda assim constitui uma perspectiva extremamente favorável em virtude da determinação de atingir algo, mesmo quando as situações apresentam dificuldades. De uma forma geral, esta determinação acaba por “fazer a diferença”, culminando em transformações reais.

Alguém que possua a data de nascimento ressonante com o número 4 (cujo método de verificação encontra-se no post Compreendendo o número 1 no sistema de numerologia de 18 símbolos) se identifica com os atributos numerológicos relacionados ao mesmo (no que diz respeito às suas atitudes e à forma de pensar e agir em geral). A natureza cardinal estimula esta pessoa no sentido de ser proativa, tornando-se particularmente motivada quando encontrando-se em situações que desafiam seus objetivos e metas. São pessoas determinadas que não se deixam abater por obstáculos.

Na história pessoal de meu caminho na magia (a qual venho narrando) alguns objetivos se destacaram enquanto ocorriam os estímulos do número 4. Houve aqueles que foram mais nítidos como, por exemplo, com respeito ao desenvolvimento de meu relacionamento amoroso (sobre o qual comecei a descrever no post Primeiros Passos no Amor) ou então com relação à minha carreira (mudanças que começam a ser descritas em Um Experimento em um Sonho e Suas Consequências). Porém algumas experiências foram mais sutis, sendo relacionadas à realidade invisível da magia.

Eu irei tratar a respeito de todos estes desenvolvimentos, mas pretendo começar pelos eventos não-físicos, ligados à exploração do inconsciente. No post Goécia: Refletindo Sobre o que Marginalizamos no Inconsciente, descrevi como a goécia é comumente mal interpretada, sendo em geral considerada negra (pois trata-se do contato com o que costuma-se definir como demônios internos, e o termo demônio geralmente produz este tipo de julgamento). É claro que todo tipo de intenções emerge a este respeito, sendo que alguns enxergam nestas interações meios possíveis para que possam tirar proveitos puramente egoistas (entretanto este tema é muito mais amplo do que estas considerações superficiais).

Mas qual a relação entre o número 4 e o contato com demônios internos? É uma relação sutil, a qual pretendo explorar em detalhes, porém posso adiantar que todos os aspectos deste número estão “mesclados” de uma forma ou outra a estas interações (principalmente porque suscitam desejos que podem traduzir-se como objetivos e metas, mas também porque implicam no desafio de manter-se íntegro e evitar corromper-se na busca dos mesmos). Se por um lado tais contatos revelam causas (ou ideais) que podem ser consideradas egocêntricas, esta impressão apenas é assim porque não sabemos conciliar estes propósitos com o bem coletivo. Se de fato não desejássemos a realização que nos parece egoísta, esta não nos faria falta alguma. O desafio é justamente transcender a própria forma de buscar (aperfeiçoando-a a ponto de torna-la benígna), ao invés de pura e simplesmente nos negarmos a prosseguir. Portanto, este tipo de contato tem um caráter enigmático, exigindo uma solução da qual sempre nos aproximamos, mas que talvez jamais cheguemos à uma conclusão definitiva, pautando-se assim pela reflexão constante. Dessa forma, redefine-se os limites entre o que se considera como o bem e o mal, criando-se um contexto cada vez mais permissivo, menos imposto, mais livre e menos restritivo. Trata-se, então, de participar do processo da renovação moral do mundo, descartando rótulos de “certo” e “errado” (os quais não são estáticos e imutáveis), e substituindo-os por relações mais éticas (onde valoriza-se a unidade dentro da diversidade). Quando a consciência individual se amplia (e se comunica com os demais, sendo esta uma condição necessária), todos se beneficiam.

Obviamente, este post diz respeito ao número 4, em um sistema numerológico de 18 símbolos. Para quem deseja ver outros posts relacionados à numerologia, fica aqui este link.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Transições - Concluindo a Interpretação do Número 3

No post anterior (Um Experimento em um Sonho e Suas Consequências) eu expus como plantei uma semente dentro de um sonho, a qual iria me levar a encontrar AS (uma pessoa sobre a qual eu nada sabia, exceto o nome) através de mudanças em minha carreira profissional. Agora pretendo dar continuidade aos eventos que se seguiram àquela experiência (causados pela mesma, pois sem os quais não se concretizaria).

Eu começava a namorar com C (veja o post Primeiros Passos no Amor) e já estava diante de um obstáculo no que dizia respeito a este meu relacionamento: C estava apenas de licença em Curitiba, na casa de uma amiga, e logo teria que retornar para trabalhar em Londrina. Como eu trabalhava em Curitiba, isso significava que nos veríamos com uma frequência muito pequena (o que não era algo que eu desejava). Recebi, então, um telefonema da empresa J (a qual eu havia deixado havia mais de dois anos) e tive uma esperança de que se tratasse de uma nova oferta de trabalho (pois se situava em Londrina), mesmo sabendo que havia saído de lá justamente pela falta de perspectivas profissionais.

Mas não era disso que se tratava. Na realidade a empresa J passava por um desafio comum a grande parte das empresas do mundo naquele período (no início desse século). Eles possuíam um sistema informatizado (um software aplicativo de alta complexidade) que atendia aos mais diversos setores de empresas de médio e grande porte. Ocorria que havia sido projetado e construído na época em que não existiam monitores gráficos. Todos os caracteres tinham o mesmo tamanho, ocupando uma grade de 80 colunas por 25 linhas. O desafio que aquela empresa experimentava naquele momento era transformar esse software em outro novo, só que desta vez utilizando uma interface gráfica (o Windows), com caracteres de tamanho variável, com imagens, botões para se clicar, etc. Mas não era a intenção deles chamar a mim para este trabalho, afinal eu não tinha experiência em uma conversão deste porte. Eles queriam que eu indicasse alguém.

Eu não conhecia ninguém que possuísse a experiência que eles desejavam (e eu relatei isso a eles), mas eu tinha um conhecido cujo nome era JL. Ele simplesmente era a melhor referência técnica para desenvolver sistemas com quem eu já travei contato pessoalmente. Era do tipo que era capaz de fazer “mágica” no que diz respeito a software, pois o que criava causava uma admiração espantosa em mim e em outros por seus resultados. Como eu tinha um grande conceito por JL e gostaria que meus amigos o conhececem, eu propus a eles que se encontrassem e trocassem ideias. As pessoas da empresa J concordaram e mais tarde JL aceitou e viajou para Londrina (ele também residia em Curitiba).

Dias depois a empresa J entrou em contato por telefone. Haviam gostado de JL, porém estavam inseguros. O fato é que JL tem um QI de 135 e é muito difícil ganhar dele em uma discussão (digo, o tipo de discussão produtiva). Qualquer desentendimento se assemelhava a um jogo de xadrez em que você perde, no máximo, em dois minutos, não passando de alguns poucos lances ao todo. Eles queriam alguém junto a eles para intermediar com JL e confiavam em mim para isso. Ofereceram-me um emprego para que pudesse ajudar no início e depois na continuidade desse novo projeto. É claro que esta era apenas a perspectiva daquele momento (o destino ainda daria muitas voltas), mas estava assegurado que eu poderia pedir demissão do emprego que tinha até então e começar a trabalhar na empresa J após o aviso prévio, se eu assim desejasse. E eu aceitei a proposta.

Chego agora ao ponto em que eu já posso concluir a descrição do número 3 no sistema numerológico de 18 símbolos. Como eu havia colocado no post A Deterioração e sua Relação com o Número 3, este número marca um período em que relações obsoletas são gradualmente desfeitas, até que começa a surgir um núcleo sólido, o qual serve como uma base para o que se seguirá daí então. Na história pessoal que venho contando, esta deterioração não foi exatamente gradual (pois há uma certa diferença entre a influência numerológica e a reação individual à mesma), tendo se manifestado de uma forma intensa em meu encontro com Choronzon (siga este link para os posts relacionados a esta experiência). Já no que diz respeito às bases sólidas que surgiram, foram diversas: o nome “O Mestre Que Nada Sabe” (o qual pode ser considerado como uma referência para o que se seguiria no meu caminho na magia), o princípio da vida amorosa, e enfim um novo rumo profissional surgindo (eu relacionei links sobre estes temas no post anterior: Um Experimento em um Sonho e Suas Consequências).

A descrição do número 3 foi densa e, justamente por isso, demorou bastante tempo. Mas este blog não conterá exatamente um minicurso de numerologia baseado apenas em informações resumidas. Eu pretendo passar aqui a experiência da forma que eu a vivi para que o leitor possa entendê-la e, assim, compreender com mais profundidade a essência de cada número.

No próximo post, eu irei começar a descrever o número 4. Este número diz respeito (entre outros assuntos) ao meu encontro com AS e, por isso, desculpo-me pelo suspense que a antecipação desse momento pode causar e peço também um pouquinho mais de paciência até que eu lhes passe os detalhes finais de como realmente ocorreu. Sinto dizer que não vou concluir este relato tão logo pois irei priorizar um conteúdo mais relacionado à magia e ao ocultismo nos próximos posts, uma vez que não quero perder este foco e acredito que o leitor também não deseja perdê-lo. Espero, assim, equilibrar o conteúdo do blog, mostrando tanto aspectos internos (relacionados ao inconsciente e às causas no que diz respeito à magia) quanto aspectos externos (eventos na realidade física, mais relacionados aos efeitos da magia).

Obviamente o post atual ainda faz parte da descrição do número 3 em um sistema numerológico de 18 números. Para quem deseja ver outros posts relacionados à numerologia, fica aqui este link.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Um Experimento em um Sonho e Suas Consequências

Certa noite sonhei com um nome (simplesmente um nome que eu ouvi, em meio a nenhuma outra imagem ou som, ou seja: sem qualquer outra referência além do mesmo) ao qual vou chamar de AS. Tratava-se na realidade de nome e sobrenome, e soava estrangeiro ou de origem estrangeira. No momento seguinte, tornei-me consciente de que estava sonhando. Movido pela curiosidade e pelo desejo de testar limites na magia (o que já me motivou diversas vezes), especulei que talvez pudesse encontrar essa pessoa se eu expressasse (ali no sonho) esta intenção e queria confirmar se, de fato, isto seria possível (pois eu já conhecia o valor deste tipo de expressão em sonhos - para compreender isto, leia o post Uma Esfera de Consciência Mais Ampla, o qual diz respeito a esta espécie de sonho que tem relação com o futuro).

Assim, expressei esta intenção. Na manhã seguinte, quando acordei, não me lembrava do sonho (só o recordaria quando se concretizasse), porém a semente estava magicamente lançada. Conforme esta semente se desenvolvia, transformações na minha vida (especificamente em aspectos profissionais) se seguiriam a partir daí. Estas me levariam enfim a encontrar este senhor cujo nome é AS. Observo que eu sempre tive uma tendência à experimentação na magia, envolvendo uma certa dose de risco (algumas vezes os resultados assustaram um pouco). Isso não é exatamente um modo de ser prudente, porém acaba gerando experiências interessantes, que ampliam o conhecimento e, muitas vezes, são estimulantes.

Porém, como eu mencionei acima, transformações iriam ocorrer nos aspectos profissionais de minha vida. Para entender estas mudanças, talvez seja interessante colocar aqui uma breve restrospectiva de como estava sendo minha carreira até aquele momento.

Inicio esta restrospectiva em 1992, quando havia começado a trabalhar para a empresa J, em Londrina, na qual permaneci por oito anos. Eu desenvolvia software porém, após tanto tempo, os desafios já não me estimulavam mais, bem como eu não sentia mais paixão pelo trabalho que realizava. Eu já sabia quais eram as perspectivas ali e não tinha uma grande expectativa de modificá-las. Eu queria encontrar novamente o tipo de trabalho no qual eu me sentisse realizado. Buscando possibilidades novas, eu mudei de residência para Curitiba, onde havia sido convidado para trabalhar como terceiro em uma empresa do ramo jornalístico.

Tendo permanecido seis meses na mesma empresa, encontrei um velho amigo enquanto passeava por um shopping. Seu nome era PC e havia onze anos que não o via. Na época que eu o conheci, estudávamos na mesma turma na faculdade. Ele era então tenente do exército mas, neste reencontro, eu descobri que havia se tornado presidente de uma rede farmacêutica. Ele perguntou a mim a respeito de qual tecnologia eu tinha experiência no desenvolvimento de software, e eu lhe passei esta informação. Então ele me disse que tratava-se da mesma tecnologia que era utilizada na rede de farmácias e que havia uma vaga disponível. Eu levei meu currículo, passei pelos trâmites necessários de avaliação e, pouco tempo depois, estava em um novo emprego. Quase dois anos se passaram então (encerrando-se esta pequena retrospectiva).

Mas qual a importância destes detalhes profissionais dentro de um blog de ocultismo? Pelos detalhes em si, nenhuma. Mas o trabalho é um dos aspectos do que forma o Eu (em um sentido mais amplo, não confundir com o ego) de cada um. Em um curto período de tempo, diversas experiências de transição vinham ocorrendo: o encontro com meu Sagrado Anjo Guardião (no post Falando de Minha Própria Iniciação na Magia); o encontro com Choronzon (siga este link para os posts relacionados); a atribuição do nome “O Mestre Que Nada Sabe” (no post A Origem de “O Mestre Que Nada Sabe”); as primeiras experiências no amor (nos posts Transformando a Vida Afetiva e Primeiros Passos no Amor); e agora também transições no que diz respeito ao trabalho.

Minha mudança para Curitiba não teve um propósito relacionado apenas à minha carreira. Este foi um passo importante também para que eu pudesse ter o isolamento necessário para me dedicar a criar a fundamentação do meu caminho na magia. Como esta fundamentação já estava definida em grande parte, estava chegando o momento em que eu me decidiria a voltar para Londrina.

Retorno agora ao ponto em que tive o sonho com o nome de AS. No próximo post vou expor as mudanças que ocorreram a partir daí, impulsionadas pelo objetivo que eu havia criado no meu destino ao plantar uma semente em um sonho. Este objetivo era encontrar AS (fosse quem fosse AS).

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Uma Esfera de Consciência Mais Ampla

Muitas vezes em meus posts eu tenho feito referências a sonhos com conotações mágicas. Estes relatos podem soar um tanto estranhos para quem os lê, afinal frequentemente a magia é associada a rituais elaborados, e não a sonhos. Pessoalmente eu devo dizer que não procurei desenvolver-me na aplicação de ritos documentados e publicamente reconhecidos. Na verdade, com o tempo, acabei criando minhas próprias técnicas.

O termo “sonho” talvez se tornasse mais elegante se eu o substituísse por algo mais específico, como projeção ou viagem astral. Mas eu nunca consegui realizar uma projeção consciente e, justamente por isso, eu reluto em utilizar estes termos (embora ainda possam ser considerados verdadeiros). Assim, é como sonhos que qualifico as experiências que venho citando. A vantagem de utilizar esta expressão é que trata-se de uma referência mais comum para o leitor em geral, podendo ajudá-lo em uma eventual comparação com sua própria experiência.

Ressalto que passou-se muito tempo até que eu começasse a diversificar os meios para a realização de operações mágicas. Na realidade eu experimentei muito poucos, e adotei uma quantidade menor ainda para o uso corrente. Eu vou abordá-los gradualmente, dentro de uma cronologia específica na história pessoal que venho contando. Desse modo, vou prosseguir ainda por um período razoável escrevendo a respeito de sonhos.

No post anterior eu havia mencionado que começaria a descrever acontecimentos em aspectos profissionais que se manifestaram na minha vida, tudo isso ao mesmo tempo em que transformações na vida afetiva também estavam ocorrendo (veja o post Primeiros Passos no Amor para saber mais a este respeito). Mas o que têm os sonhos a ver com transformações na vida profissional?

A resposta é que um tipo de sonho muito específico ocorreu neste período que estou narrando (um sonho que tinha a ver com o futuro). Na realidade, eu já escrevi alguns comentários a este respeito na primeira parte de meu blog (no post Reflexões Sobre o Tempo) e agora eu pretendo acrescentar alguns insights a mais sobre este assunto. Digamos que é um conceito que preciso passar agora para que seja possível o entendimento de fatos objetivos que se seguirão. Ou seja, é preciso explicar a causa para que se possa compreender o efeito que segue à esta causa.

O que pretendo expor é talvez uma quebra de paradígmas para muitas pessoas. O fato é que costuma-se acreditar que nós (a humanidade) somos responsáveis pelas grandes transformações no mundo. Explico: os políticos acreditam que detêm o poder sobre a vida das pessoas e sobre o destino das nações. Igualmente, os líderes religiosos tendem a nutrir este tipo de imagem a respeito de si mesmos. Já em relação às pessoas comuns, muitos agem de forma irrefletida enquanto outros são extremamente conscientes a respeito das implicações da ação do ser humano no planeta Terra (seja diretamente na qualidade de vida das pessoas, ou então no que diz respeito ao impacto causado na natureza como um todo). E, é claro, existem aqueles que, comparando-se com outras pessoas, acreditam possuir maior importância, mesmo quando este julgamento é baseado em uma mera questão de diferença de status. Tudo isso parece ser uma mistura caótica, mas a insuspeita verdade é que tudo segue um plano bem elaborado.

Pessoalmente eu só comecei a compreender isso a partir de experiências que tive em sonhos e que, meses ou anos depois, se tornaram reais (detalhe por detalhe concretizado na realidade física). Eram experiências que inclusive envolviam outras pessoas (que apareciam nestes sonhos, sendo que algumas eu desconhecia) e que, quando se concretizavam, traziam à minha mente a recordação do sonho. Nas primeiras vezes em que isto aconteceu, durante o sonho, eu eventualmente descobria que não era uma experiência real (ou melhor dizendo, não era física) mas algo me atraía naquilo que eu havia experimentado. Então eu me expressava afirmando que realmente gostaria que aquela experiência tivesse ocorrido de fato. A minha expressão era como uma confirmação (uma aceitação daqueles eventos que haviam sido percebidos).

Por um tempo eu me questionei se eu realmente tinha estes sonhos, ou se simplesmente tinha a impressão de ter sonhado. Eu só vim ter certeza deste tipo de experiência quando ocorreram algumas situações em que eu era capaz de antecipar o futuro em alguns segundos (ou até mesmo minutos) pelo fato da lembrança do sonho ser revelada à minha mente pouco antes que os fatos se completassem na realidade física. Eu soube, então, que não se tratava de mera impressão.

No entanto, em alguns destes sonhos eu reagia com repulsa (quando estes me pareciam mais pesadelos do que sonhos) e foi justamente nestas situações que aconteceu algo intrigante: outros dialogavam comigo, dentro dos sonhos, sem que eu pudesse ver suas faces. Estes me acalmavam, dizendo-me que aquelas possibilidades podiam ser alteradas e que eu não precisava me preocupar com relação às mesmas.

Ocorre que normalmente não conhecemos os objetivos traçados além do aparente caos mundano, porém existem consciências que os organizam e, de vez em quando, podemos realizar contatos com esta esfera mais ampla de percepção. Foi percebendo estes diálogos que passei a compreender que há sempre metas definidas em meio à realidade que nos parece sem sentido. Estes contatos vieram acontecendo comigo desde 1994 (aproximadamente, pois não me recordo exatamente quando começaram), bem antes de eu me decidir pelo caminho na magia. Isso me faz pensar na possibilidade de ter sido orientado para esse caminho, mesmo quando sequer imaginava segui-lo.

Uma questão: porque é necessário esquecer o sonho? O que ocorre é que esta esfera mais ampla de percepção e consciência só pode atingir um objetivo específico se concentrar-se nele constantemente até que o resultado almejado ocorra. Ou seja, esta esfera precisa realizar algum esforço e trabalho. Porém este trabalho cessa sempre que a lembrança do sonho se revela a quem o sonhou (isto é algo que só compreendi há pouco tempo). No exato instante da lembrança, o esforço e trabalho referentes ao objetivo em questão são encerrados.

No caso de uma lembrança antecipada, a partir do momento em que ocorre, pode existir até uma inércia que leve à concretização do sonho, mas não há um esforço ativo para este fim. Na verdade, a antecipação é uma das maneiras que esta esfera de consciência utiliza para modificar a conclusão inicial dos fatos (no caso, por exemplo, em que o que o sonho propôs é algo desagradável, causando a recusa de quem o sonhou). Como regra, quanto mais antecipada for a lembrança em relação à concretização dos fatos, menor a probabilidade de que aconteçam.

Uma outra forma de se interpretar os momentos em que ocorrem estas lembranças é definindo-os como transições. Afinal os instantes exatos em que os objetivos deixam de existir podem ser considerados como estágios completados. É interessante anotar as datas destes momentos e procurar identificar que mudanças ocorreram em seus intervalos. Curiosamente, há um mês atrás, eu tive uma destas lembranças de sonho, mas o que se concretizou foi bem diferente da conclusão que havia acontecido no sonho (a revelação foi bem antecipada). A partir daí algumas mudanças começaram a ocorrer na minha vida, mas eu ainda não sei avaliá-las porque são muito recentes. Obviamente eu não tenho ideia de qual é o próximo objetivo a atingir e só o saberei quando me lembrar do próximo sonho. Nem mesmo sei se já sonhei sobre este novo objetivo.

Enfim, dados estes conceitos, vou deixar a continuação para o próximo post, no qual irei descrever o sonho que teve impacto em minha vida profissional (ao que me referi no começo do post atual) e também descreverei algumas de suas consequências. Há também outros sonhos deste tipo que igualmente tiveram impactos profissionalmente, mas sobre estes vou falar no devido tempo.