domingo, 20 de setembro de 2015

Buscando Opções - A Numerologia do Número 6

Continuo então minha história na magia, seguindo a estrada dos arcanos, e agora introduzindo a vocês o número 6. Aliás, falando em numerologia de uma forma geral, é interessante que recentemente eu tenho conversado bastante sobre este assunto. Normalmente as pessoas pensam que temas como numerologia e astrologia dizem respeito somente a aspectos psicológicos. É possível até que, para a maioria das aplicações, estas artes sejam mais direcionadas a estes aspectos mas, aqui neste blog, falamos de magia.

Magia, no significado mais amplo, não é uma simples manipulação da realidade. Na verdade, trata-se de manifestar-se na realidade. Os ciclos numerológicos (e também os astrológicos) interagem com o que se tem internamente, e quanto mais intenso for aquilo que há no seu interior, mais evidentes são os resultados concretos que surgem dessa interação.

Chegamos pois ao número 6, dentro de um conjunto de 18 números, ou 18 arcanos (que é diferente do tarot, que são 22 arcanos). É o começo do que se costuma chamar de Estrada dos Arcanos. Pelo fato de estarmos no princípio, a maior parte das experiências práticas são “certinhas”, sem grandes sustos, nem grandes impactos negativos. Existem sim experiências assustadoras, porém são de contato com o inconsciente, invisíveis para as pessoas ao redor que convivem com o mago (nas experiências mundanas de rotina).

Ainda assim, mesmo no princípio da estrada dos arcanos, as mudanças acontecem. Nessa época, de uma forma geral são muito boas (há etapas muito mais sérias, porém mais adiante no caminho). Aqueles que não conhecem o processo mágico (e é bom mesmo que pouca gente conheça - afinal para que servem curiosos?), admiram que o indivíduo esteja dando um jeito à sua vida, mas não conseguem relacionar estes avanços pessoais à magia.

A magia se realiza pelas vias mais naturais e simples possíveis e, por isso, é difícil de ser verificada. É como uma alteração de probabilidades. Talvez a única forma de se perceber que alguém a pratica de forma bem sucedida, seja por situações improváveis que acontecem sucessivamente. Episódios de sorte, por assim dizer. Sorte. Porém, sorte no amor ou sorte no dinheiro? Só existem estes dois tipos? Não. Talvez haja uma infinidade de tipos de sorte. Tudo depende do que você tem por dentro de si e que já esteja preparado para materializar.

O número 6 traz consigo um estímulo de busca de conhecer as possibilidades, levando-nos a nos comunicar com as pessoas para descobrir o que elas têm a oferecer (mas dificilmente assumindo compromissos). No meu caso, eu estava relativamente tranquilo (porém não totalmente satisfeito) na empresa J. Não estava em nenhum projeto específico, ainda sobre a influência do número 5 (o qual é um tanto pacificador, trazendo certo equilíbrio entre as pessoas). Eu estava então noivo, mas ainda não tinha uma data certa para o casamento.

Foi então que senti a essência do 6 se aproximando, embora na época eu nada entendesse de numerologia. Foi algo bem intuitivo. Profissionalmente tudo parecia estável, mas eu sentia que essa estabilidade estava para acabar. Foi aí que eu propús à C que nos casássemos no civil apenas, sem a cerimônia religiosa. Assim, se algo acontecesse, já estávamos casados, um tanto que secretamente. Sem que outros soubessem. Dito e feito. Um mês depois, perdi o emprego. O acerto por conta da demissão havia sido realmente de um bom valor. Não me sentia preocupado e comecei a procurar opções. Foi assim que o número 6 entrou no meu caminho, digo especificamente naquele período.

Pessoas que nascem em uma data ressonante à esse número costumam ter uma natureza curiosa, gostando de conhecer as novidades, sem necessariamente se comprometerem. Este é o traço principal da influência deste número nas pessoas.

De forma secundária, comparando a relação destes indivíduos com outras influências numerológicas, pode-se dizer que, em geral:
- são pessoas práticas, não muito motivadas por conceitos abstratos;
- são especialmente comunicativas em situações novas e desafiantes;
- desligam-se gradualmente de pessoas que interagem de forma “fria”;
- quando se decidem por uma ação dura (porém necessária), procuram fazê-lo de forma a serem justas com a maioria das pessoas;
- procuram agir dando pequenas contribuições no dia-a-dia, ao invés de tentarem mudar o mundo inteiro (mas podem chegar a querer fazê-lo se, de repente, estiverem em posição para tal atitude);
- quando enfrentam conflitos e impedimentos, ampliam ainda mais suas próprias ideias. Ou seja, os conflitos lhes trazem aprendizado;
- se você tenta contê-las, cuidado, podem voltar-se contra você (especialmente, eu sei disso de experiência própria, afinal sou casado com C, que é influenciada pelo número 6);

Quer saber qual é o número que lhe influencia? Leia o post Compreendendo o número 1 no sistema de numerologia de 18 símbolos. Ali existe uma fórmula, não muito intuitiva, mas que pode lhe ajudar nesse sistema de 18 números.

Até breve!

6 comentários:

  1. ". Talvez a única forma de se perceber que alguém a pratica de forma bem sucedida, seja por situações improváveis que acontecem sucessivamente. Episódios de sorte, por assim dizer. Sorte."

    E quando a pessoa(eu) tem episódios sucessivos de sorte sendo que mal começou a praticar magia(sequer cheguei ao grau de probascionista)?Hahaha.Se eu vou comprar uma coisa,no dia em que eu vou na loja ela está em promoção.Se minha nota no vestibular foi baixa pro curso que queria,um número inacreditável de pessoas desiste e eu fico com a vaga.Até sorteio eu já ganhei.O mais curioso disso tudo,é que só ocorrem estas coisas quando não estou preocupado com os resultados delas,é como se a pretensão de conseguir sabotasse tudo.Dessa forma,todas essas ondas de sorte ocorrem com coisas que eu queria mas não me importava com os resultados.O que você acha disso?Não creio que pratico qualquer
    coisa relacionada à magia de forma bem sucedida,mesmo assim,essa sorte ocorre das formas maneiras mais inacreditáveis possíveis.
    Ah,seu blog é ótimo!
    Obrigado.

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  2. Olá Leonardo!

    Antes de mais nada, obrigado por deixar sua mensagem aqui no blog :) Que bom que está gostando.

    Então, a partir do seu relato a respeito de seus episódios de sorte, você aparenta ter um bom relacionamento com seu inconsciente, evitando reprimi-lo. O esforço que alguns magos realizam para quebrar as barreiras com o inconsciente, que é uma releitura da Goécia, é algo que você vem fazendo por instinto.

    Uma disposição inata pela via da mão esquerda, eu diria. Certamente indica uma postura não-dogmática. Ainda assim, quando você permite que o pensamento consciente interfira, ocorre uma obstrução.

    Uma possível causa dessa interferência é que, ao visualizar conscientemente uma possibilidade, você acaba por negar outras (justamente aquelas que poderiam ajudá-lo).

    Segundo a forma de pensar linearmente lógica, quando optamos por alguma coisa, excluímos outra. Ou então, se conseguimos algo, tiramos de outra pessoa. Óbvio que este tipo de pensamento é uma falácia pois a gama de soluções possíveis é infinita. Ainda assim, é a primeira maneira que aprendemos de pensar a realidade durante a vida.

    O problema é que, quando nos deixamos levar por estes pensamentos, criamos inconscientemente um bloqueio. Nesse caso, enxergar a realidade por novos paradigmas pode ajudar a melhorar sua relação entre a mente consciente e a inconsciente.

    Um abraço!

    Paulo

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  3. Olá novamente,
    Acho que sua resposta foi bem coerente com o que se passa em minha vida,de fato pareço ter um bom relacionamento com meu inconsciente.

    Ultimamente,por instinto,tenho notado as influências do inconsciente em minha vida,uma delas acho interessante expor.Sinto cada vez mais um vazio em minha vida,não me sinto integrado ao mundo da maneira que queria,tenho uma barreira em relacionamentos interpessoais,não sou tímido,só não consigo me sentir na mesma esfera que as outras pessoas,vivo numa bolha de isolamento mental do resto do mundo,me analisando pude notar algumas das razões para tal.Sou um cara um pouco inseguro que não confio tanto em mim,meu relato pode estar enfadonho até agora,mas notei algo importante e queria sua opinião sobre isso. Bem,digamos que tenho uma 'armadura' em relação às pessoas,nem sempre sei me impor,me mostrar confiante,de modo que a 'armadura' começa a se manifestar,cada vez que estou agindo naturalmente,sem hesitar em nada,tenho impulsos homicidas,me vejo esfaqueando,chutando, estrangulando e cometendo todo tipo de ato violento contra às pessoas.Vêm a minha mente imagens das pessoas me zombando,xingando e humilhando,de modo que naturalmente o cara confiante da lugar ao cara medroso,que deixa todo mundo fazer o que quer com ele.Isso acontece no dia a dia,não é natural cometer uma chacina mentalmente todos os dias.Já cogitei isso ser uma manifestação da minha sombra,mas não sei.

    Vejo isso como se esse instinto de preservação que tenho,a 'armadura social', estivesse me mostrando que preciso dela,como se ela dissesse:"sem mim as pessoas irão te odiar","se você sair da casca você irá causar problemas",dessa forma vou me diminuindo cada vez mais para não 'incomodar outras pessoas'.Dessa forma, evito me expor com medo de rejeição,o que é bem comum,mas ter esses impulsos não é normal,não me chama atenção o meu medo de me posicionar perante as pessoas,o que é estranho,é meu inconsciente 'tentar matar elas'.

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  4. continuação:


    É bem estranho isso que escrevi e me causa vergonha expor isso,talvez você não entenda,é bem pessoal e cada pessoa é um mundo.Mas ainda sim,tenho minhas ondas de sorte inacreditáveis, o que você alegou ser o tal do bom relacionamento com o inconsciente( e tudo me indica que um mais um milagre vem ai,segundo o tarot).Antes de dormir,ontem, pedi ao meu SAG que me mostrasse qual era a raíz desse meu problema em relação às pessoas,no sonho eu estava em um lugar escuro,com uma lanterna na mão,e como se eu tentasse descobrir onde estava,movia a lanterna ao redor,quando apontei para uma coisa que não sei descrever,era um amontoado de 'carne cinza',eu acho,não sei mesmo descrever,mas parece que isso se movia,de repente tudo fica escuro e o sonho acaba.O sonho era triste e tinha um tom nostálgico,nao tive medo do que vi,mas não consigo me lembrar do resto dele.

    Bem,dei uma parada nos exercícios em relação a magia ultimamente,preciso respirar,creio que até o final do ano chego ao probascionista,(ainda estou no 'grau' de atrio 3 na Arcanum Arcanorum) mas cogito procurar uma ordem mais à esquerda e que me dê meios para lidar com isso.

    O engraçado de relatar nosso problema, é que lendo, ele não parece tão grande quanto nós imaginamos kkk

    Gosto do seu blog,li a maioria dos textos,um que me chamou atenção foi o que você fala sobre o inicio de sua vida amorosa,sobre seu processo de 'cura',que se não me engano,foi aos 31 anos.Tenho 19 e acho que ainda posso resolver esse problema mais cedo,embora seja de causa diferente,não sou tímido,o que sinto é uma falta de interesse sistemática pelas pessoas, em parte pela insegurança,em parte por ter interesses diferentes da maioria das pessoas.O que mais tive durante a vida foi a chace de me relacionar, do alto de minha arrogância,sempre achei as pessoas chatinhas,desinteressantes,somente esse ano tenho conseguido trabalhar isso de modo que minha indiferença pelas pessoas vem sumindo,mas ai que entram os impulsos homicidas,que passaram a ocorrer justamente quando estou trabalhando melhor minhas atitudes.

    Pelo que escreve,parece ser bem experiente e se não for incômodo,gostaria de saber sua opinião sobre o que lhe relatei.Tudo é bem estranho e parece ser bem romanceado,expus tudo da melhor forma que pude,creio que me entenda e entenda o quão é difícil falar sobre nosso inconsciente.Desde já,agradeço!

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  5. Olá!

    Pois então, a mim parece que a "armadura" que você descreveu tem um comportamento por demais egóico. Isso acaba isolando-o de outras pessoas, mas também pode isolá-lo de toda uma riqueza do seu próprio inconsciente.

    No que diz respeito à magia isso não é muito útil. Ainda assim, ter percebido essa barreira é claramente um bom sinal. Não sei até que ponto que minhas experiências podem servir de parâmetro, porém a sua narrativa lembra demais meu contato com Choronzon.

    Foi justamente quando eu já havia tido minha iniciação com meu guardião e estava começando a me aprofundar no meu inconsciente. Choronzon surgiu como uma barreira, ou melhor, como uma espécie de espelho que me mostrava exatamente aquilo que eu queria ver (e, por isso, era extremamente sedutor).

    É algo que me permitiu sentir todo o meu ódio (mesmo inconsciente — veja como você consegue sentir o ódio que emana na sua vivência) e grande parte das minhas ilusões. O momento em que fui capaz de reconhecer que tudo aquilo era apenas reflexo de mim mesmo (e nada mais), e que percebi que todo avanço que sentia naquele contato era ilusório, foi algo muito dolorido. Fiquei literalmente sem parâmetros para o que acreditar ou não.

    A minha mente estava muito mais limpa. Foi parte de uma iniciação e acredito que seja também o que você deve enfrentar. O bom disso tudo é que, já que a experiência está sendo intensa para você, provavelmente você a catalisou buscando, cada vez mais, o inconsciente.

    Foi, com certeza, a experiência com o SAG que o iniciou no caminho que está seguindo. Enfim, pense em Choronzon como algo (ou alguém) que guarda mistérios atrás de si, protegendo-os. As armas que ele utiliza são suas próprias ilusões e, para vencê-lo, é preciso reconhecê-las e despir-se delas.

    Parabéns por ter chegado onde está. Tudo indica que além há todo um universo a se revelar.

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